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Subúrbio aconchegante

Foi numa tarde de verão no subúrbio da cidade, que
me vi sentada no batente da igreja. Sentindo meus pés latejarem esticados à minha frente, cansados de me sustentar por aí.
O calor me dilacerava, mas o sol que tocava em minha pele por entre os galhos da árvore apenas me confortava.
Ventava. Mas o vento não era forte o bastante para balançar a planta, mas sim, a sua folhagem.
E assim, folha por folha, os galhos pendiam na direção do sopro.
Algo me incomodava. Um peso puxava-me para trás. Um tanto desesperada, puxei o elástico do meu rabo-de-cavalo, e neste exato momento, uma brisa com o perfume do mar levou para longe meu desconforto.
Meus cabelos levitando e minha alma se elevando.

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